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Platô no Emagrecimento

Atualizado: 23 de abr. de 2019

O processo de emagrecimento pode ser difícil. No início a perda de gordura é bem-sucedida, mas frequentemente se atinge um platô aos 6 meses, onde nenhuma ou pouca perda é alcançada.


Esta incapacidade de perder peso é conhecida como platô, e pode ser frustrante e desanimadora.


No entanto, o nutricionista terá várias ferramentas e estratégias nutricionais que podem ajudar a quebrar este platô.


Primeiramente, é preciso entender que para perder gordura, o corpo precisa estar em déficit calórico (gastar mais energia do que consumir) e segundo que este platô acontece por:


1) Adaptação Metabólica no corpo: Há uma série de mudanças hormonais que culminam na diminuição do metabolismo e aumento da fome.


2) Menor Adesão a Dieta: No início da dieta o nível de adesão é alto e ao longo do processo, algumas exceções passam a ser regras e o indivíduo passa a ingerir mais calorias sem perceber.


Um estudo americano em 2014 verificou que a diminuição de adesão a dieta e não adaptação metabólica, é um dos principais fatores para o acontecimento do platô.


Confirmando isto, um estudo mais antigo 1992, observou que os indivíduos obesos comiam quase o dobro das calorias estipuladas na dieta.


Dessa forma a primeira dica para quebrar o platô é rastrear o que se consome. Algumas pessoas não têm muita paciência, mas é necessário se ter uma noção, por isso recomendo pelo menos 1 a 4 semanas de monitoramento das suas ingestões de calorias e macronutrientes, pesando a comida e registrando em diários ou aplicativos.


Caso o paciente esteja cumprido à risca mas não haja perda de gordura, então esse platô foi devido a adaptação metabólica.


Nesse caso uma mudança no valor energético (aumentar ou diminuir o consumo de calorias na dieta) e/ou uma mudança nos macronutrientes (aumentar ou reduzir carboidratos/proteínas/gorduras) será necessário para “desprogramar” o corpo e assim voltar a perder gordura corporal.


Referências:


Lichtman SW, Pisarska K, Berman ER, Pestone M, Dowling H, Offenbacher E, Weisel H, Heshka S, Matthews DE, Heymsfield SB. Discrepancy between self-reported and actual caloric intake and exercise in obese subjects. N Engl J Med. 1992


Thomas DM, Martin CK, Redman LM, et al. Effect of dietary adherence on the body weight plateau: a mathematical model incorporating intermittent compliance with energy intake prescription. Am J Clin Nutr. 2014.


Byrne NM, Sainsbury A, King NA, Hills AP, Wood RE. Intermittent energy restriction improves weight loss efficiency in obese men: the MATADOR study. Int J Obes (Lond). 2017.


Trexler ET, Smith-Ryan AE1, Norton LE. Metabolic adaptation to weight loss: implications for the athlete. J Int Soc Sports Nutr. 2014.


Dirlewanger M, di Vetta V, Guenat E, Battilana P, Seematter G, Schneiter P, Jéquier E, Tappy L. Effects of short-term carbohydrate or fat overfeeding on energy expenditure and plasma leptin concentrations in healthy female subjects. Int J Obes Relat Metab Disord. 2000.


Westerterp plantenga M. Protein intake and energy balance. Regul Pept 149, 67–69. 55. 2008.

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